Saúde
Foto: Reprodução

Tomar banho gelado virou tendência nas redes, cercada de promessas de mais disposição e menos estresse. Mas, segundo especialistas, a prática pode ser perigosa para quem tem predisposição ou doenças cardíacas. Isso porque o choque térmico ativa o sistema nervoso simpático, libera adrenalina e acelera o coração, explica o cardiologista Hugo Faria ao Metrópoles. Em pessoas vulneráveis, essa reação pode desencadear arritmias, queda de fluxo sanguíneo e, em casos raros, até infarto.

Faria alerta que mudanças bruscas de temperatura, de muito frio para muito quente, são sempre arriscadas. No banho gelado, o corpo entra em estado de alerta; no quente demais, as artérias se dilatam, a pressão cai e podem surgir tontura, visão turva ou até desmaio. “Extremos nunca são bons aliados do coração”, reforça o médico. Entre os grupos mais sensíveis estão hipertensos, idosos, pacientes com histórico cardíaco e portadores de arritmias.

Apesar das suspeitas populares, banho gelado não é o “causador” direto de infartos. O cardiologista Carlos Nascimento também conta que o ataque cardíaco resulta de um acúmulo de fatores como sedentarismo, colesterol elevado e hipertensão. Ainda assim, temperaturas extremas podem funcionar como gatilho final em quem já está fragilizado. Para reduzir riscos, especialistas recomendam banhos sem extremos, iniciando o frio gradualmente e evitando calor excessivo. A prevenção continua sendo o caminho mais eficaz: controlar pressão e colesterol, manter alimentação equilibrada, praticar exercícios, dormir bem e abandonar o cigarro.

DCM

Receba as principais notícias no seu celular:

https://chat.whatsapp.com/FOhcNIEOVyJG0gJTOuv1ue

Siga-nos no Facebook:

https://www.facebook.com/www.trespassosnews.com.br