Saúde
Foto: Reprodução

O Rio Grande do Sul alcançou, nesta segunda-feira (8), o número de 60 mortes provocadas pela dengue em 2024. Além disso, são 48,8 mil casos confirmados da doença até agora.

As três vítimas mais recentes da dengue são:

Um homem indígena, de 60 anos de Tenente Portela, com doenças pré-existentes. Data da morte: 21/03/2024
Um homem de 84 anos, de Crissiumal, sem doenças pré-existentes. Data da morte: 02/04/2024
Uma mulher de 61 anos, de Cruz Alta, com doenças pré-existentes. Data da morte: 04/04/2024

Perfil das vítimas

Ao todo, o RS soma 31 homens e 29 mulheres entre as vítimas. A maior parte dos óbitos é entre pacientes com mais de 60 anos. São Leopoldo, na Região Metropolitana, é a cidade com o maior número de mortes.

Panorama de casos

Dos 497 municípios do RS, apenas 31 não estão infestados pelo mosquito que transmite a dengue, segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde. Distribuídas entre a faixa Leste e o Sul do estado, as cidades representam 6,2% da totalidade dos municípios.

Santa Rosa, município de 77 mil habitantes na Região Noroeste, tem o maior número de casos de dengue no RS. São 6,4 mil infecções notificadas, conforme a atualização mais recente.

O que explica essa situação

Esse cenário, de acordo com o virologista Fernando Spilki, está relacionado ao acúmulo de alguns eventos climáticos e sanitários que, ao longo dos últimos dois anos, favoreceram a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Entre os fatores que propiciaram o contexto destaca-se a elevação das temperaturas e as chuvas no Rio Grande do Sul.

“O número de dias que a gente tem acumulado, por exemplo, com temperatura acima dos 29ºC, é um determinante sempre importante dos surtos de dengue, que neste ano está instalado na região Sul e Sudeste”, explica Spilk.
O governo do RS decretou situação de emergência no dia 12 de março em razão do elevado número de casos no estado.

Prevenção e sintomas

Medidas de prevenção à proliferação e circulação do inseto, com a limpeza e revisão das áreas interna e externa das residências ou apartamentos, impedem o mosquito de nascer, cortando o ciclo de vida na fase aquática.

A Secretaria da Saúde reforça a importância de que a população procure atendimento médico nos serviços de saúde logo nos primeiros sintomas, que são:

  • febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias, dor retro-orbital (atrás dos olhos)
  • dor de cabeça
  • dor no corpo
  • dor nas articulações
  • mal-estar geral
  • náusea
  • vômito
  • diarreia
  • manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

A busca por atendimento no começo da manifestação das sensações de desconforto físico é uma maneira de evitar o agravamento da doença e a possível evolução para óbito. A SES indica o uso de repelente para proteção individual contra o Aedes aegypti.

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G1 RS