Saúde
Foto: Divulgação/Prefeitura de Canoas

Ao longo dos anos, a vacinação tem se mostrado a forma mais segura de se adquirir proteção contra uma grande variedade de infecções.

Essas incluem doenças conhecidas como gripe e catapora e outras não tão comuns, mas muito graves, como meningite.

“Além do benefício de estar protegido contra essas enfermidades, quem se vacinou é capaz de proteger os demais através do que chamamos de imunidade coletiva ou imunidade de rebanho: quando muitas pessoas estão protegidas para uma doença, ela tem dificuldades para circular”, destaca o oncologista clínico e pesquisador Gustavo Gossling.

“Assim, quando nos vacinamos, estamos também protegendo quem vive conosco, incluindo nossos familiares com câncer”, acrescenta.

O especialista lembra que é com o auxílio dos imunizantes que hoje estão controladas diversas doenças que causaram grandes problemas de saúde pública no passado, incluindo sarampo, coqueluche, rubéola e mesmo a COVID-19 e a gripe.

“É também uma vacina que nos auxiliará a reduzir muito a incidência de câncer de colo de útero: a vacina do HPV”, comenta.

Gossling ressalta que durante o último congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), em junho, em Chicago (Estados Unidos), novos dados foram apresentados fortalecendo ainda mais a certeza sobre a capacidade desta vacina de prevenir casos de câncer que são relacionados ao HPV (Papilomavírus Humano).

O estudo mostrou que, principalmente nos homens, o imunizante também é eficaz na prevenção de tumores de cabeça e pescoço. A pesquisa analisou indicadores de aproximadamente 5,5 milhões de pessoas, sendo que cerca de 950 mil tinham recebido a vacina do HPV entre 2006 e 2008. Os homens vacinados apresentaram um risco 56% menor deste tipo de neoplasia.

“Isso significa que, fazendo cumprir o nosso esquema vacinal, veremos uma redução desses cânceres no futuro, em especial na geração dos nossos filhos e netos, que está sendo vacinada com idade entre nove e 14 anos”, destaca o oncologista.

A vacina contra o HPV também está disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas e meninos na faixa de nove a 14 anos. Para grupos específicos, como os indivíduos que vivem com HIV/Aids, pessoas submetidas a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos, a faixa etária é mais ampla (nove a 45 anos para mulheres, e nove a 26 anos para homens).

Para os casos de imunossupressão é necessário apresentar prescrição médica.

Pacientes oncológicos

Gossling afirma que o paciente oncológico é considerado de alto risco para as infecções imunopreveníveis e, portanto, é altamente recomendado que atualize seu calendário vacinal.

“Mas é importante atentar para o momento em que estas vacinas serão feitas”, ressalta. Os imunizantes com microrganismos inativados que são atualizadas sazonalmente, como a da COVID-19 e do Influenza, podem ser realizados mesmo durante o tratamento.

Já as de microrganismos inativados que não necessitam atualização, como a vacina para o pneumococo, também podem ser aplicadas enquanto a pessoa está se tratando, mas quando houver possibilidade de planejar o melhor momento, devem ser realizadas até duas semanas antes dessa fase.

No entanto, vacinas com microrganismos vivos atenuados não devem ser feitas durante o tratamento. Isso inclui as imunizações para febre amarela, a tríplice viral e a vacina da dengue, por exemplo.

“Para estas, é importante realizar a vacinação quatro ou mais semanas antes do início do tratamento, ou após pelo menos três meses do término do mesmo”, orienta.

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