Esqueça a velha ideia de que os opostos se atraem. Pesquisadores da Austrália descobriram que as pessoas estão mais interessadas romanticamente naqueles que naturalmente cheiram como elas mesmas.
A pesquisa, liderada pela especialista em evolução comportamental Caroline Allen, da Universidade de Newcastle, usou amostras de odores corporais de 30 casais heterossexuais, todos eles envolvidos em relacionamentos há pelo menos seis meses. Eles deram amostras de odor corporal com e sem desodorante perfumado. Os participantes analisaram e classificaram os cheiros uns dos outros.
“Comparamos os cheiros corporais de casais reais com os de casais ‘falsos’, combinados aleatoriamente. Descobrimos que os odores dos parceiros reais são percebidos como mais semelhantes entre si do que os de ‘casais falsos’. No entanto, isso se aplica apenas a amostras de odor natural: não houve diferenças nos níveis de similaridade de amostras de casais reais e falsos que foram coletadas usando fragrâncias artificiais”, excreveram os pesquisadores no artigo publicado em maio na revista científica online Elsevier.
Os pesquisadores também investigaram a relação entre os cheiros e a felicidade na relação. Quanto mais parecidos os odores, mais os homens relataram estar felizes com seu relacionamento.
O que pesquisa descobriu
Os pesquisadores não só descobriram que somos atraídos por pessoas com cheioros parecidos com o nosso, mas que a pílula anticoncepcional pode alterar essa percepção. O uso de desodorantes e perfumes parecidos não altera a seleção de parceiros.
Os casais compartilharam amostras de seus cheiros durante dois dias consecutivos. No primeiro dia, eles não foram proibidos de usar produtos perfumados. No segundo dia eles foram autorizados a usar apenas o desodorante.
Depois disso, os participantes tiveram que sentir o cheiro de diferentes pares amostras, tanto de casais quanto de pessoas que não se relacionam. Os cheiros corporais naturais de pessoas que se relacionam foram relatados como sendo mais semelhantes do que as amostras retiradas de pares aleatórios.
O Globo