Sexo
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A eterna rainha Xuxa declarou, recentemente, que sua vida sexual melhorou muito após os 50 anos de idade. Segundo a apresentadora, depois de ter reencontrado o ator Junno Andrade, com quem mantém um relacionamento desde 2012, ela passou a viver experiências que não tinha tido antes, do ponto de vista sentimental e sexual. Mas afinal, o que muda na sexualidade das mulheres após os 50?

Conforme explica a psicóloga e sexóloga Lucia Pesca, as primeiras mudanças percebidas são fisiológicas e hormonais, por conta da chegada da menopausa. “Pode haver diminuição da lubrificação e com isso com isso a penetração fica um pouco mais dolorosa. Algumas mulheres também precisam de mais hormônios. Alguns ginecologistas recomendam a reposição, outros não. O ideal é que cada mulher converse com o seu médico”, orienta. 

A profissional explica que a vida sexual das mulheres após os 50 anos vai depender de como era a rotina antes dessa idade. “É preciso estar claro o que elas querem para a sua vida sexual. Querem continuar? Pois, muitas vezes, a menopausa é uma justificativa para não ter mais desejo e não ‘precisar mais transar’”, afirma. 

Já para aquelas mulheres que já tinham uma vida sexual regular, ou seja, que transavam, sentiam prazer e eventualmente orgasmo, as dificuldades quando entrarem na menopausa serão menores. “Por isso é fundamental que a mulher tenha esse entendimento. Se ela for casada, a parceria do casal ajuda muito no sexo. Se for solteira, e já tinha o costume de sentir prazer de outras formas, ela vai continuar tendo esse prazer após os 50 anos. Tudo entra na questão da vida anterior a essa idade”, explica Lucia. 

Outra questão que envolve o sexo nessa faixa etária é que, após a menopausa, o risco de não engravidar e não ter a necessidade de usar anticoncepcionais, pode ser um “alívio” para muitas mulheres. “Estar livre do medo de engravidar faz com que as mulheres tenham mais tesão. Além disso, não precisar usar os hormônios da anticoncepção faz com que o desejo aumente. O peso de se livrar da gravidez faz com que elas se libertem e aproveitem mais a vida sexual”, relata a profissional. 

Vida que segue – inclusive a sexual


Lucia destaca que, independente da idade, é importante dar continuidade à vida sexual. “E deixando bem claro, vida sexual não quer dizer genitalidade. Ela também pode ser leitura sobre sexo, escutar coisas eróticas. Hoje em dia existem diversas opções de podcasts eróticos, além dos filmes. Para as mulheres o erotismo é muito importante, excita muito as mulheres, vai estimulando a cabeça e dá tesão”, declara a sexóloga.

E aquela boa e velha dica que vale para qualquer idade: se toque! Curta você mesma. “A mulher não pode desprezar a coisa subjetiva de ser mulher. Isso faz com que a gente libere mais dopamina e consequentemente, também a ocitocina (dois hormônios relacionados ao prazer) e faz a gente se empoderar. Isso libera também os feromonas, que fazem a gente ficar com a sensualidade à flor da pele”, relata Lucia. 

A profissional ressalta que é importante para as mulheres continuar exercendo o “ser sensual e sexual”. “Tem que se tocar, usar vibrador, ver vídeos e ouvir áudios eróticos, conversar com o parceiro sobre os seus desejos. Não precisa ter frequência sexual, mas uma certa regularidade. A vida não morre nem aos 50, 60, 70. O que importa é o que está dentro da cabeça da gente”, finaliza.

Bella Mais – Mariana Antunes – CP