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O fenômeno climático El Niño, que teve seu pico máximo em novembro de 2023, deve começar a diminuir de intensidade neste mês de fevereiro, de acordo com previsão do Instituto Nacional de Metrologia (Inmet). O El Niño tornou o ano de 2023 o mais quente já registrado em 174 anos de medições da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

Mesmo com o fenômeno se encaminhando para o final, ainda será possível notar seus efeitos, pelo menos até o mês de abril. Segundo a Climatempo, a metade Norte do Rio Grande do Sul terá chuva um pouco acima da média esperada para fevereiro. Na metade Sul, deve chover bem abaixo do esperado.

O perfil da chuva deve ser parecido com o que foi visto em janeiro e em dezembro. O padrão de verão costuma ter dias de tempo firme, com sol ou nebulosidade, e chuva à tarde e à noite, podendo ser em grande ou pequeno volume.

La Niña deve retornar em 2024

Após um ano marcado pelo excesso de chuvas, causado pela forte atuação do El Niño, a previsão indica o retorno do La Niña já no segundo semestre de 2024. O fenômeno, ao contrário do El Niño, tem seus eventos climáticos relacionados ao resfriamento acima do normal das águas do Oceano Pacífico.

O La Niña impacta os regimes de temperatura e chuva em várias partes do planeta, incluindo a América do Sul. De acordo com meteorologistas, a próxima primavera e verão não tendem a ser tão chuvosos como foram em 2023, mas não está afastada a possibilidade de temporais com queda de granizo, por exemplo.

O meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia, explica que após o período de neutralidade, é esperado para o segundo semestre do ano, um inverno com temperaturas mais baixas.

– Do outono para o final do inverno a gente vai ter uma condição de neutralidade climática, então para o inverno desse ano a gente espera uma condição de temperaturas mais baixas e, para o segundo semestre, principalmente outubro em diante, é um cenário de altíssimo risco para estiagem severa no Rio Grande do Sul. Então a gente vai sair de um final de 2023 em que tivemos enchentes terríveis para um segundo semestre de 2024 com um cenário de seca e perdas agrícolas –, afirmou Verardo.

A ocorrência de La Niña entre o final do inverno e início da primavera também pode potencializar as baixas temperaturas e proporcionar a ocorrência de geadas tardia.

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