Foto: Camila Boff / Agencia RBS
Apesar de não passar sobre o Brasil, a presença de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico, que circula próximo à costa da Argentina e Uruguai, impulsiona os efeitos da onda de frio que avança sobre os Estados. Cinco municípios gaúchos amanheceram com temperatura negativa nesta terça-feira (13). Já São Paulo registrou sua mínima mais baixa desde 2011, com 7ºC no início da manhã.
A baixa temperatura resulta da interação da onda de frio com o ciclone, que forma um “corredor de vento” frio que sopra sobre os estados brasileiros. A massa de ar polar é formada por um sistema de alta pressão do vento, enquanto o ciclone possui uma característica de circulação mais baixa.
— Essa diferença de pressões pressiona a massa de ar gelada sobre os estados do Brasil e forma um corredor de frio, de vento gelado. Isso impulsiona ainda mais o frio característico dessa massa polar que está sobre os continentes, justamente por essa pressão do ciclone extratropical — explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.
Este “corredor de vento” intensifica a circulação do ar em todo o território nacional, especialmente em estados do Sul. Embora a projeção indique que as rajadas de vento não ultrapassem 40km/h nos próximos dias no RS, o ar resultante da interação entre o ciclone e a massa polar caracteriza-se por ser mais “gelado”, o que intensifica a queda dos termômetros e a sensação de frio.
A tendência é de temperatura abaixo da média e frio intenso até, pelo menos, quinta-feira (15) nas regiões sul, centro-oeste e sudeste do Brasil. Nos próximos dias, o ciclone avança em direção ao centro do Oceano Pacífico e a massa de ar polar também se desloca para fora do país.
— O ciclone vai se afastando, deixa de pressionar esse ar frio, e aí começa, pode dizer, a massa de ar gelado a se afastar do Brasil. A tendência é que se eleve gradualmente as temperaturas ao longo dos próximos dias — diz o meteorologista.
Virada no tempo
O avanço do ciclone extratropical e da massa de ar polar para outras regiões mais afastadas do Brasil vai permitir estabilização de uma massa de ar quente na área mais central do país. Com isso, a tendência é de uma elevação gradual da temperatura em todos os Estados brasileiros na segunda quinzena de agosto, com possibilidade de máximas acima da média para o período de inverno.
No RS, o tempo deve seguir seco e com predomínio do Sol até sábado (17), quando há possibilidade de chuva nos Vales, no Sul e na Campanha. A projeção é de subida dos termômetros a partir de segunda-feira (19), especialmente em municípios da Região Norte.
— A tendência é que a gente saia de uma semana gelada para uma semana quente — pontua Borges, ao salientar que não há projeção de uma nova frente fria no RS até o fim do inverno.
— Não temos projeção em um cenário curto (de uma nova frente fria), mas pode acontecer.
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