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Animais também são retirados de locais alagados em Rio Pardo. Foto: Jonathan Heckle / Agencia RBS

município de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo, está há mais de 36 horas sem abastecimento de água e teve a energia elétrica desligada preventivamente em razão da cheia dos rios Pardo e Jacuí. Além disso, os acessos da cidade foram fechados.

Mais de 4,2 mil pessoas tiveram de sair de casa por força do avanço das águas. Autoridades trabalham para retirar as famílias das casas em regiões inundadas ao longo da semana. O nível do Rio Jacuí está na cota de inundação de 22 metros e sobe de maneira mais lenta, mas incessante. Nos abrigos disponibilizamos pela Prefeitura, 405 pessoas estão instaladas e recebendo todo o auxílio necessário. No interior a Defesa Civil ainda está contabilizando os números, muitas localidades estão isoladas e o acesso está sendo feito apenas por barcos.

trânsito na ponte sobre o Rio Jacuí, na BR-471, está bloqueado entre Rio Pardo e Pantano Grande. O volume de água está muito próximo da estrutura. Com isso, Rio Pardo está sem ligação com o mundo exterior. Não é possível ingressar nela nem por Santa Cruz do Sul e nem por Pantano Grande, do outro lado. A equipe de reportagem conseguiu entrar na cidade por uma estrada vicinal, de terra, construída no tempo do império.

Já no bairro Ramiz Galvão, a água está próxima ao eixo da rodovia e o trânsito também foi bloqueado por motivos de segurança.

Com isso, todos os acessos ao município estão fechados. A única forma de se aproximar da área central da cidade é por um desvio em estrada de chão, mas que leva até uma área alagada do bairro Ramiz Galvão. Ali, moradores passam o tempo todo tentando resgatar seus bens das casas inundadas e ajudando vizinhos a fazer o mesmo.

Na tarde de sábado (4), os amigos Wagner Carlos dos Santos, chapeador, e Luís Flávio Pinto, pintor, esperavam enquanto conhecidos resgatavam cães ilhados em casas que foram abandonadas pelos donos. A ajuda aos cachorros era feita em barcos a remo. Alguns animais se atiravam no rio barrento e bebiam, em desespero, porque estavam presos nas residências, sem acesso a água.

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Gaúcha ZH