Tempo
Foto: Arquivo/Três Passos News

É um mês importante para o comércio que, pelo período de festas, tem uma alta nas suas venda. Trata-se de um período do ano importante no turismo pelas viagens de fim de ano e ainda na agricultura que avança com a safra de verão.

A chuva é mais abundante nesta época do ano no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil por uma condição chamada de Zona de Convergência do Atlântico Sul, um corredor de umidade que vem da Amazônia e vai até o Sudeste que persiste por vários dias com chuva frequente e volumosa, geralmente desencadeado por uma frente fria.

No Sul, ao contrário, embora frentes frias que trazem chuva não deixem de atuar, os sistemas se tornam menos frequentes e costumam passar mais pelo oceano. A mudança principal que se dá no mês é o aumento da incidência de pancadas de chuva localizadas associadas ao calor e umidade, em regra da tarde para a noite e às vezes com temporais, o que gera irregularidade e variabilidade de volumes maiores que nos meses de inverno, quando a chuva tende a ser melhor distribuída.

La Niña atinge seu ápice e impacta o clima em dezembro

A La Niña atingiu nos últimos dias a sua maior intensidade desde que a agência de clima do governo dos Estados Unidos, a NOAA, declarou o retorno do fenômeno no último dia 9 de outubro. O fenômeno, no entanto, segue atuando com fraca intensidade.

Hoje, conforme o último boletim semanal da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central-Leste (região Niño 3.4) está em -0,8ºC. O valor está na faixa de La Niña de fraca intensidade (-0,5ºC a -0,9ºC).

A tendência é que dezembro transcorra sob condições de La Niña, que tende a atingir seu ápice neste fim de ano, antes de enfraquecer muito e chegar ao fim entre janeiro e fevereiro de 2026. O clima em dezembro, assim, será afetado pela  La Niña.

Como será a chuva em dezembro

O padrão de chuva no clima em dezembro deve trazer extremos com excessos e déficits de chuva em diferentes áreas do Brasil com impactos em diversos estados, conforme a análise da MetSul Meteorologia. O padrão será típico de La Niña com mais chuva mais ao Norte e menos chuva no Sul do Brasil.

A tendência é de áreas com maior risco de precipitação abaixo da média no mês nos três estados do Sul e pontos mais ao Sul do Mato Grosso do Sul e São Paulo.

É importante destacar que precipitação abaixo ou muito abaixo da média não significa que deixará de chover, mas que a tendência é chover com acumulados inferiores ao normal da climatologia histórica.

Outro ponto importante a destacar é que estamos ingressando no período quente da climatologia anual, o que significa que são comuns temporais isolados que podem trazer elevados volumes de chuva em pontos localizados.

Assim, mesmo que o sinal seja de precipitação abaixo ou muito abaixo da média para um estado, algumas cidades podem ter volumes altos por conta destes temporais isolados que os modelos com previsão de longo prazo não conseguem antecipar porque projetam uma tendência mais geral e não em microescala.

Temperatura em dezembro

Dezembro será um mês de temperatura perto ou acima da média em grande parte do Centro-Sul do país com marcas superiores à climatologia histórica na grande maioria dos locais do Centro-Oeste e do Sul do Brasil, projeta a MetSul Meteorologia.

A exceção deve ficar por conta de áreas perto da costa entre o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro assim como em muitos locais de Minas Gerais e do Espírito Santo, onde o mês pode terminar com temperatura abaixo da média.

Com a chegada do verão climático, aumenta muito o número de dias de calor intenso mais ao Sul do Brasil, especialmente com precipitação abaixo da média que favorece maior aquecimento pela atmosfera seca. Assim, haverá jornadas de calor intenso a mesmo extremo durante o mês. Estes extremos devem ser maiores na segunda quinzena e os últimos dez dias do ano podem ter várias jornadas excessivamente quentes no Rio Grande do Sul.

MetSul Meteorologia

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