Uma frente fria vai mudar o tempo no Rio Grande do Sul entre esta quinta e a sexta-feira com chuva em todas as regiões gaúchas e que pode ser localmente forte com trovoadas e risco de alguns temporais isolados, especialmente de granizo. A fuligem de queimadas pode se precipitar juntamente com a chuva, aponta a MetSul Meteorologia.
No fim do desta quarta, a instabilidade afeta o extremo Sul gaúcho, na área do Chuí e de Santa Vitória do Palmar. O sistema começa a ingressar no Rio Grande do Sul de forma mais ampla pelo Oeste e o Sul do estado nesta quinta-feira ainda entre a madrugada e de manhã com chuva em grande número de municípios destas áreas do estado.
Nas demais regiões gaúchas, parte da quinta-feira ainda terá tempo firme com muita fumaça no céu obscurecendo o céu. Será perceptível o odor de vegetação queimada devido à fumaça em diversos municípios, especialmente de maior altitude da Metade Norte.
No decorrer da quinta, a frente fria avança pelo Rio Grande do Sul e leva chuva até o fim do dia para quase todo o estado. Por isso, o tempo deve se instabilizar com chuva ao longo da quinta-feira em Porto Alegre e Região Metropolitana com mais chuva da tarde para a noite.
Ao avançar pelo território gaúcho, a frente pode provocar chuva moderada a forte em diversos pontos e há um risco baixo de tempo severo, de forma que não se pode afastar a possibilidade de alguns temporais isolados com raios e, sobretudo, queda de granizo localizada.
Na sexta-feira, o tempo segue instável no Rio Grande do Sul pela influência da frente e ainda se espera chuva na maioria das regiões. A instabilidade será maior na Metade Norte, onde em alguns pontos pode chover por vezes forte com trovoadas e ocasional queda de granizo.
Céu vai ficar mais escuro e haverá chuva preta
Além disso, a instabilidade frontal deve trazer chuva preta com fuligem de queimadas se precipitando juntamente com as gotas d´água. Soot, ou fuligem, é um material particulado constituído principalmente de carbono, que se forma como resultado da combustão incompleta de materiais orgânicos, como combustíveis fósseis (carvão, petróleo) e biomassa (madeira, resíduos agrícolas).
Esse tipo de chuva, que não necessariamente se precipita com cor preta, é indicativo de altos níveis de poluição, e geralmente é observada em locais próximos a áreas industriais, queimadas ou onde há intensa queima de combustíveis fósseis.
A chuva atingirá todo o Rio Grande do Sul e pode ter volumes mais altos em parte do estado com acumulados entre esta quinta e a sexta-feira próximos ou acima dos 50 mm. Na maior parte do estado, porém, os acumulados não serão altos.
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Correio do Povo