Após o El Niño provocar a maior enchente da história do Rio Grande do Sul em maio, o fenômeno climático La Niña está de volta, trazendo novos desafios para o estado.
Confirmado pela agência americana NOAA e pela MetSul Meteorologia, o evento já apresenta características típicas, como o resfriamento das águas do Oceano Pacífico equatorial e alterações na circulação atmosférica.
Efeitos no Rio Grande do Sul
A La Niña, tradicionalmente associada à redução das chuvas no Sul do Brasil, deve agravar o déficit hídrico no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões Oeste e Sul, durante o verão de 2025. Isso pode impactar negativamente a agricultura, setor crucial para a economia do estado. Apesar disso, o solo ainda possui certa umidade, acumulada durante o chuvoso ano de 2024, o que pode mitigar parte dos prejuízos.
Além da redução das precipitações, o fenômeno pode causar maior frequência de ondas de calor e temperaturas extremas no verão, bem como favorecer a entrada de massas de ar frio de forma tardia ou precoce.
Enquanto o El Niño de 2024 trouxe eventos extremos como enchentes e temperaturas recordes, o La Niña resfria temporariamente o Pacífico, diminuindo ligeiramente o aquecimento global. No entanto, devido ao aquecimento acumulado do planeta, mesmo com a La Niña, as temperaturas globais continuam elevadas em comparação a décadas anteriores.
Embora o La Niña de 2025 deva ser curto e fraco, com duração de três a cinco meses, seus impactos no Rio Grande do Sul podem ser significativos, especialmente no setor agrícola. A transição entre os fenômenos reforça a importância de estratégias de mitigação e adaptação climática para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças globais e regionais no clima.
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