De acordo com os dados mais recentes divulgados após a atualização mensal de janeiro, espera-se que o fenômeno El Niño se estenda pelo menos até o mês de março, revelando diversas projeções climáticas. As informações são da Metsul Meteorologia.
Os indicativos apontam que as condições oceânicas no Pacífico Equatorial permanecerão mais quentes do que a média durante janeiro, fevereiro e março, com uma transição para neutralidade ao longo do outono.
O início do ano ainda testemunha o El Niño mantendo-se em uma fase robusta. Conforme o último boletim da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA), a expectativa é de que o fenômeno persista durante o inverno do Hemisfério Norte (verão no Sul), com uma transição para neutralidade entre abril e junho, estimada em 60% de probabilidade.
Os registros atuais demonstram que as anomalias de temperatura da superfície do mar na região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Centro-Leste, continuam próximas ao valor máximo observado em novembro. Essa região é crucial para identificar a presença de El Niño ou La Niña. A última atualização semanal da NOAA revelou uma anomalia de temperatura de 1,9ºC, situando-se na faixa de transição de El Niño forte para muito forte.
Com base nos boletins semanais de novembro, dezembro e janeiro, a tendência é que o trimestre de novembro a janeiro encerre-se com uma média trimestral entre +1,7ºC e +1,9ºC, mantendo um valor significativamente elevado. Este padrão confirma a persistência do El Niño e reforça a transição para neutralidade no decorrer do outono.
Os principais modelos climáticos convergem para a manutenção do El Niño ao longo do restante do verão, com algumas projeções estendendo-se até abril ou maio. O Sistema Copernicus da União Europeia, com dados de modelos europeus, norte-americanos e asiáticos, aponta para a continuidade do fenômeno até o fim do verão ou início do outono astronômico.
Cada modelo, ao ser analisado individualmente, sugere nuances na transição do El Niño para a neutralidade. As previsões variam entre meados de abril e início de março, indicando uma convergência para a neutralidade ao longo do outono. Não há, contudo, indícios de La Niña no final do verão ou durante a maior parte do outono, conforme as análises climáticas atuais.
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