No Rio Grande do Sul, aliás, quase toda a primeira metade do mês foi caracterizada por chuva abaixo a muito abaixo da média com precipitações escassas. Somente entre os dias 12 e 13 é que a precipitação foi mais generalizada e com volumes maiores, quando da frente fria que provocou precipitação entre 50 mm e 100 mm em muitos locais da Metade Norte gaúcha, estancando perdas na agricultura.
Por sua vez, a temperatura esteve acima ou muito acima da média na maior parte do Centro-Sul do Brasil na primeira metade de fevereiro. Áreas do Sul do Brasil, do estado de São Paulo e do Oeste do Mato Grosso do Sul tiveram desvios de 2ºC a 4ºC acima da climatologia.
Em grande parte de Minas Gerais e do Espírito Santo, entretanto, a temperatura ficou mais perto ou abaixo da média por influência da chuva de um evento de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul).
No Rio Grande do Sul, o grande desvio de temperatura, especialmente nas máximas, foi efeito de uma prolongada onda de calor. Foram doze dias seguidos de temperatura acima da média no estado gaúcho: 36,1ºC em Quaraí no dia 1º; 37,7ºC em Quaraí no dia 2; 39,8ºC em Quaraí no dia 3; 39,4ºC em Uruguaiana no dia 4; 37,2ºC em Quaraí no dia 5; 39,0ºC em Quaraí no dia 6; 39,2ºC em Quaraí no dia 7; 40,1ºC em Quaraí no dia 8; 37,9ºC em São Luiz Gonzaga no dia 9; 38,5ºC em Campo Bom no dia 10; 39,5ºC em Quaraí no dia 11; e 40,2ºC em Quaraí no dia 12.
Chuva na segunda metade do mês
A tendência para esta segunda metade do mês é de grande variabilidade na chuva no Centro-Sul do Brasil, como é o normal nesta época do ano. O começo desta segunda metade de fevereiro terá mais chuva no Sudeste em Minas Gerais e no Espírito Santo. Os volumes podem ser altos ainda em pontos de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na sequência, espera-se uma diminuição das precipitações, embora sigam ocorrendo as tradicionais pancadas.
No Centro-Oeste, a perspectiva é que siga chovendo mais em locais do Mato Grosso e de Goiás. No Mato Grosso do Sul, embora chova menos, não se espera deficiência de precipitação no período. Em vários pontos do estado, especialmente do Oeste e da região pantaneira, os volumes localmente podem ser altos.
No Sul do Brasil, a chuva será muito variável por estar associada a pancadas isoladas de verão na maior parte do período. Volumes mais altos podem ocorrer no Oeste de Santa Catarina e no Sudoeste do Paraná.
No Rio Grande do Sul, grande parte desta segunda metade do mês deve ter chuva irregular e mal distribuída, mas no fim do mês existe a possibilidade de um evento de chuva mais significativo que pode fazer com que muitas áreas do estado terminem fevereiro com precipitação acima da média histórica.
E a temperatura?
A tendência para esta segunda metade de fevereiro é de a temperatura seguir acima da média em grande parte do Sudeste e do Centro-Oeste, mas áreas de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo podem ter marcas perto ou abaixo da média durante o período pela maior ocorrência de precipitação. Na cidade de São Paulo, maior frequência de pancadas de chuva e ausência de ingresso de ar muito quente devem fazer com que a temperatura fique mais próxima do normal e com baixo número de dias de calor.
No Sul do Brasil, a maior parte da região deve ter temperatura perto ou abaixo da média nesta segunda metade do mês com aquecimento maior no Paraná em áreas perto de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. O tempo mais agradável no Rio Grande do Sul deve continuar, embora com gradual elevação da temperatura.
Dado fundamental, no caso do Rio Grande do Sul, é que não existe a perspectiva de uma nova onda de calor no restante do mês de fevereiro. Não deixa de fazer calor e haverá muitos dias em que a temperatura estará ao redor ou acima de 30ºC, mas será um calor predominantemente fraco ou moderado, sem extremos.
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