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Defesa Civil de Rio Grande

Vento provoca estragos no Rio Grande do Sul. As intensas rajadas de vento Norte que precederam uma frente fria ao Estado e a ventania que acompanhou a chegada do sistema frontal causaram danos e transtornos à população no começo desta quinta-feira (24). 

Em Rio Grande, no Sul gaúcho, de acordo com a Defesa Civil Municipal, ao menos quinze árvores tombaram com a força do vento forte que teve início ainda no final do dia de ontem. As equipes do órgão foram para as ruas desde cedo para atender as diversas ocorrências. Em alguns locais, árvores e galhos caíram sobre a rede elétrica e foi necessário o apoio de equipes da CEEE.

O canal do Porto de Rio Grande foi parcialmente fechado hoje cedo pela Capitania dos Portos em razão do forte vento, impedindo a entrada e saída de navios na barra. As rajadas de vento na barra do Porto de Rio Grande chegaram a 70 km/h.

Em Santa Maria, o vento forte provocou queda de árvores em diferentes pontos da cidade. A Defesa Civil Municipal ainda atendeu ocorrências de destelhamentos de residências em diversos bairros da cidade do Centro do Estado. Em razão da ventania, houve falta de luz em pontos de Santa Maria.

VELOCIDADE DO VENTO

Segundo dados de estações meteorológicas, até o final da manhã, as rajadas de vento nas últimas horas chegaram a 97 km/h em Soledade, 81 km/h em Teutônia, 80 km/h em Uruguaiana, 75 km/h em Quaraí, 71 km/h em São Vicente do Sul, 70 km/h em Santo Ângelo e Canela, 69 km/h em Bento Gonçalves e Ibirubá, 68 km/h em Cruz Alta, 66 km/h em Alegrete, 63 km/h em Cambará do Sul, 62 km/h em Palmeira das Missões e 60 km/h em Vacaria e Santa Vitória do Palmar.

A CAUSA DO VENTO

O vento forte no interior teve duas causas. Inicialmente, uma corrente de jato em baixos níveis da atmosfera que trouxe a ventania do quadrante Norte. Uma corrente de jato em baixos níveis é um corredor de vento forte que se origina na Bolívia a cerca de 1.500 metros de altitude e se estende até o Rio Grande do Sul, e que costuma preceder frentes frias com ar seco e quente.

No segundo momento, a ventania em alguns municípios teve como origem a chegada da frente fria com o encontro de massa de ar mais frio com a mais quente trazida pela corrente de jato. A troca de massas de ar perturba a atmosfera, forma nuvens de maior desenvolvimento vertical e, por fim, o vento.

PREVISÃO

A previsão é que o risco de vento forte localizado se concentre agora no Norte e no Nordeste do Rio Grande do Sul, assim como em pontos de Santa Catarina, mas na maior parte do território gaúcho o risco de ventania já passou com a chegada da chuva.

O Rio Grande do Sul pode voltar a ter rajadas de vento forte no começo da semana que vem, quando do ingresso de uma potente massa de ar polar. Incursões de ar gelado de maior intensidade costumam ser acompanhadas de vento que trazem muito baixa sensação térmica.

MetSul