Trânsito
Foto: Divulgação

 A renovação automática e gratuita da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para motoristas com histórico limpo será uma das principais medidas anunciadas pelo governo federal nesta terça-feira, 9. A novidade dispensa a ida ao Detran para quem não tiver pontos por infrações no ano anterior ao vencimento da carteira.

A mudança integra um pacote aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e passa a valer ainda nesta semana, após publicação em edição extra do Diário Oficial da União. Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), a simplificação busca “premiar quem dirige com responsabilidade e reduzir a burocracia para milhões de brasileiros”.

O que muda na renovação e na obtenção da CNH

Além da renovação automática para condutores exemplares, o pacote traz alterações profundas no processo de habilitação:

  • Fim da obrigatoriedade de aulas em autoescola.
  • Conteúdo teórico gratuito e disponível no novo aplicativo CNH do Brasil.
  • Não haverá carga horária mínima para o curso teórico.
  • Aluno poderá usar veículo particular e contratar instrutor autônomo credenciado.
  • Aulas práticas mínimas reduzidas de 20 para 2 horas.
  • Provas práticas, exame médico e coleta biométrica continuam presenciais.
  • Quem reprovar a prova prática na primeira tentativa poderá refazê-la sem custo.
  • Acaba o prazo máximo atual (de um ano) para conclusão do processo de habilitação.

Aplicativo e digitalização

O governo também lança o aplicativo CNH do Brasil, versão ampliada da Carteira Digital de Trânsito (CDT). Pela plataforma, grande parte das etapas poderá ser feita pelo celular: curso teórico obrigatório, emissão de certificado para realizar a prova teórica e agendamento de etapas presenciais. Instrutores autônomos serão identificados no aplicativo e registrarão as aulas no sistema.

Redução de custos e alcance social

A Secretaria Nacional de Trânsito estima que as medidas podem reduzir em até 80% o custo para tirar a CNH, que hoje pode chegar a R$ 5 mil. Segundo o ministério, cerca de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação e 30 milhões têm idade para tirar a carteira, mas não conseguem arcar com os custos atuais. O objetivo declarado é ampliar o acesso tornando o processo mais acessível e flexível.

“Era uma reserva de mercado; a autoescola podava a inovação. Não haverá desemprego. O instrutor terá oportunidade de atuar como autônomo e isso valoriza a profissão”, disse Renan Filho ao defender as mudanças.

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