A pandemia mexeu com tudo no Planeta. Influenciou novas modalidades de relacionamentos e fez com que pessoas que estavam distantes se aproximassem e expressassem em pensamento ou via redes sociais sentimentos de carinho e fraternidade.
A caridade também passou a ser exercitada em maior amplitude, já que muitos perderam seus empregos e passaram a viver da ajuda de outrem e de grupos de solidariedade e as entidades de amparo e religiosas tiveram de se adaptar para receberem seus seguidores e não deixar de fornecer além do alimento material, o espiritual, pois que nestes momentos que a tristeza invadiu os lares em razão da perda de pessoas amadas pela doença, a melancolia com depressões se acentuaram.
Certamente vamos sair desta situação mais fortes e com mais fé, e cada um poderá avaliar no que melhorou no que diz respeito caminhar na direção na evolução almejada pelo Pai.
Também o beijo, o abraço, o afago foi posto de lado, pois que passou a ser risco de contágio, e muitos que não respeitaram isso foram causa de contaminação, amargando procederes errôneos.
Mas talvez um dos gestos mais comum que mais ficou prejudicado foi o aperto de mão, esse costume que sempre fez parte ao longo dos tempos. O aperto de mão que é a consolidação mais respeitosa e calorosa existente foi relegado a segundo plano, sendo substituído pelo famoso “soquinho” ou abano de mãos.
Um aperto de mão sempre disse tudo, principalmente quando acompanhado do olhar no olho e de uma expressão simples “como vai”. Ele selava compromissos dos mais delicados até gesto de agradecimentos.
Claro que existiram apertos de mão que aconteceram apenas para cumprir protocolo ou formalidades, sem haver neste momento uma energia salutar, calorosa. O aperto de mão de alguns políticos, por exemplo, sem o olhar no olho nada significou, mas aquele que é seguido pela conexão e pelo sorriso, certamente foi o mais nobre dos sentimentos.
A mão estendida sempre será o gesto de maior apoio, e neste dia 21 que se comemora o aperto de mão, vamos lembrar daquelas pessoas que sempre nos confortaram e nos ajudaram com a mão sincera, principalmente a Mão Amiga do Mestre que nunca deixou de nos ser estendida, para nos levantar e dar forças para seguirmos em frente.
Esperemos mais um pouco. Nos cuidemos. Façamos nossa parte. Em breve voltaremos ao aperto de mão.
Nilton Moreira