Variedades

       Normalmente nos importamos ao que acontece no âmbito de nossa visão física, para o que estamos normalmente preparados a enfrentar. Mas devemos também estar atentos as investidas sorrateiras e invisíveis, que são muito comuns e que só nos damos conta depois que somos atingidos. São as praticadas pelos nossos irmãos que estão na erraticidade, isto é, aqueles que já retornaram ao plano espiritual, os desencarnados. 

       Somos almas/espíritos possuidores de corpo material perecível, e sendo visível temos a facilidade de ver nosso agressor que também se apresenta da mesma forma, mas quando se trata de agressores invisíveis que promovem desarmonia principalmente no campo de nossa saúde, que pode ir de pequenos mal estar até complicadas e prolongadas moléstias, é preocupante! 

       São os denominados inimigos da erraticidade, e Jesus quando orienta a nos reconciliamos com nosso adversário enquanto temos tempo aqui na terra, nos dá entender das complicações futuras que poderemos enfrentar com tais desafetos, aqueles que já fizeram o passamento, que já não estão com o corpo perecível e cujo ódio lhes ainda é muito pertinente, pois que a morte física não lhes causa entrave de modo algum. 

       Fora da matéria o obsessor encontra campo hábil para prática do mal, podendo perseguir, entravando nossa caminhada, nos intuindo para tomar decisões equivocadas, precipitadas, instigando conflitos que culminam por nos prejudicar tanto no campo emocional como profissional. É comum tentarmos fazer determinado negócio e este demorar tempo desproporcional para ser concretizado, ficando evidente que ações de obsessor desencarnado influenciam nas negociações. 

       Mas o êxito dessa modalidade perturbadora só terá sucesso se nossas defesas estiverem debilitadas, pois não estamos abandonados durante a trajetória terrena, embora deixemos nossa guarda desprotegida em razão da má condução de nossos propósitos, mesmo que temporariamente, o que facilita a ação dos obsessores.

       Parece estranho falar-se assim quanto a individualidades que já se foram, mas continuamos sendo os mesmos após o passamento. Ninguém fica bonzinho só porque se libertou da matéria densa. Vamos daqui com todas as imperfeições, podendo continuar com nosso ódio por muito tempo e concretizar vingança contra os ditos vivos. 

       Por isso que temos o posicionamento de que penalizar uma pessoa ruim com a morte não fará com que o mal cesse. Só com o esclarecimento e colocando Jesus no coração é que haverá evolução tanto para o perseguidor e perseguido. Força a todos.

Nilton Moreira