A adolescente indígena Daiane Griá Sales, de 14 anos, participou de uma festa na noite em que foi morta, em Redentora, no Noroeste do RS, conforme o cacique da tribo em que ela residia, Carlinhos Alfaiate, e o delegado do caso, Vilmar Schaefer.
O corpo de Daiane foi encontrado dilacerado, em uma área próxima à Reserva Indígena do Guarita.
O caso é investigado como homicídio, e a polícia afirma não ter suspeitos até o momento. A possibilidade de crime sexual e ocultação de cadáver não está descartada. O crime teria ocorrido entre sábado (31) e domingo (1º).
O cacique disse ao G1 que recebeu um vídeo, de uma amiga de Daiane, que mostra a adolescente em uma festa. De acordo com Carlinhos Alfaiate, a gravação foi feita fora da reserva.
O representante da comunidade ainda explica que grupo deve respeitar limites horários para atividades fora da reserva. Entretanto, algumas pessoas deixam o local além do período permitido, conforme o cacique.
“A gente na nossa comunidade tem limite de horário. Depois que a gente fecha os barzinhos [da reserva], eles acham o pessoal lá fora”, afirma. “E aí no momento estava a Daiane. Nós temos quase 8 mil índios, muitas vezes não consegue segurar. Mesmo assim a gente não vai culpar ninguém pela saída dela”, explica.
Segundo o cacique, quatro pessoas que estavam com Daiane na noite do crime foram ouvidas na manhã de sexta-feira (6), pela Polícia Civil. No dia anterior, outras quatro já haviam prestado depoimento. Segundo o delegado, a polícia já ouviu no total mais de “uma dezena de testemunhas”.
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G1/RS