Justiça
Foto: Reprodução

Iniciou na manhã desta quarta-feira (30) as audiências de instrução do processo criminal relativo ao homicídio do secretário de Saúde de Bom Progresso, Jarbas David Heinle, de 44 anos. O crime aconteceu em setembro de 2022. A pedido das defesas dos quatro réus no processo, a audiência foi adiada do dia 2 de agosto para a data de hoje, no foro da comarca de Três Passos.

Estão previstas para ser realizadas as oitivas das testemunhas arroladas pelo Ministério Público, ou seja, testemunhas de acusação: oito pessoas foram arroladas. As defesas dos réus arrolaram 16 testemunhas. Na fase de instrução os réus também são inquiridos, mas a data destes depoimentos ainda não está prevista.

O Ministério Público denunciou quatro pessoas como autores e mentores do crime: o vice-prefeito de Bom Progresso, Maicon Leandro Vieira Leite, o candidato derrotado nas eleições municipais de Bom Progresso em 2020, Cloves de Oliveira (Faísca), que são denunciados como mandantes do crime; além de Matheus Gabriel Müller Merel, apontado como executor dos disparos que foram feitos contra Jarbas, e Sérgio Ribeiro dos Santos, denunciado como a pessoa que teria contratado o atirador.

Maicon e Cloves chegaram a ser presos, no ano passado, mas foram soltos e respondem em liberdade. Matheus e Sérgio seguem detidos.

Familiares da vítima e pessoas da comunidade de Bom Progresso, realizam protesto e vigília, em frente ao fórum, desde o início da manhã desta quarta-feira, pedindo justiça para Jarbas.

Denúncia apresentada pelo MP

Foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) o vice-prefeito de Bom Progresso e mais três pessoas pelo assassinato do secretário de saúde do município, Jarbas David Heinle, de 44 anos. No entendimento da promotoria, a acusação é por homicídio duplamente qualificado.

Dois dos acusados, considerados os mandantes do crime, foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e os outros dois, que seriam os executores, por crime cometido mediante pagamento de recompensa e também por recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia foi apresentada no dia 29 de novembro de 2022.

Conforme os promotores de Três Passos, Fernanda Ramires e Caio Isola de Aro, dois dos denunciados esperaram escondidos a vítima chegar em sua casa e um deles atirou com arma de fogo contra Jarbas.

Depois, a dupla fugiu em uma motocicleta. Os dois foram identificados e um deles, que seria o responsável pela contratação do executor, segue preso. Já o homem apontado como o atirador está foragido.

No entendimento do Ministério Público, o vice-prefeito, Maicon Leandro Vieira Leite (PDT), e o outro acusado, Cloves de Oliveira, conhecido como Faísca, foram os mandantes e pagaram pelo assassinato. Os dois estão soltos.

Ainda segundo o MP, o crime foi encomendado pelos dois mandantes porque eles pretendiam, com a morte da vítima, ter o caminho facilitado para concorrerem às próximas eleições municipais de Bom Progresso.

Na investigação, a Polícia Civil concluiu que os dois mandantes entendiam que só teriam chance de assumir o poder municipal se eliminassem Jarbas, que é filho do prefeito de Bom Progresso, das disputas eleitorais. Eles teriam encomendado o crime pelo valor de R$ 50 mil.

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Rádio Alto Uruguai