Polícia
Foto: Reprodução

O autor do ataque a duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, usou a arma do pai, um policial militar, na ação que deixou duas professoras e uma aluna de 12 anos mortas. Ele permaneceu calmo quando foi apreendido em casa, segundo o governador reeleito do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). “Os pais dele colaboraram (no momento em que o jovem foi detido), estavam destruídos”, disse ele em entrevista.

O adolescente tem 16 anos e estudou até junho deste ano no primeiro colégio a ser invadido, a Escola Estadual Primo Bitti, que fica no bairro Coqueiral e distante cerca de um quilômetro do Centro Educacional Praia de Coqueiral, a outra unidade escolar atingida.

De acordo com Casagrande, o atirador confessou o crime à Polícia Civil, mostrou a roupa camuflada com uma suástica nazista que vestia nos ataques e as armas. “Ele tinha uma pistola .40 do Estado, da Polícia Militar, que era do pai, e um revólver 38 particular, além de três carregadores.”

O governador disse ainda que ele planejava o ataque havia dois anos. “Até então, não tem motivo.”

O ataque também deixou pelo menos treze pessoas feridas. Duas professoras estão internadas em estado grave, passando por cirurgias, e uma aluna está em estado gravíssimo. Outras quatro pessoas estão em “estado de atenção”, segundo o governador Renato Casagrande (PSB).

O ataque

Eram cerca de 9h50 quando o atirador chegou na primeira escola, de ensino fundamental. Segundo imagens de câmeras de segurança, ele usava uma roupa camuflada, um capuz e uma máscara de caveira. Armado com uma pistola, ele tinha carregadores de munição e, ao invadir a escola, chegou primeiro na sala dos professores, onde começou a atirar. Duas professoras morreram no local.

Pouco depois, o atirador entrou em um Renault Duster dourado e foi para a segunda escola, particular. No local, ele se dirigiu ao segundo andar do prédio, entrou em uma das salas de aula e começou a atirar em alunos que estavam próximos à entrada da sala. Uma estudante de 12 anos morreu.

Foi a identificação do proprietário do carro que levou a polícia à casa do adolescente.

“Ele confessou. Foi uma conversa muito colaborativa com riqueza de detalhes, acompanhado dos pais. Não tem motivo, ele planejou esse fato durante dois anos, mas o motivo ele não falou qual”, informou a Polícia Civil. Não havia registro de qualquer conflito ou episódio de violência envolvendo o aluno na escola antes dos episódios desta sexta-feira.

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O Sul