A morte de uma adolescente, de 14 anos, deixou de luto e causou revolta à comunidade indígena do Guarita, que clama por justiça, em Redentora.
O corpo de Daiane Griá Sales, moradora do Setor Bananeiras, foi encontrado com os membros inferiores dilacerados em um local isolado, próximo de um mato, na tarde de quarta-feira, 4, no Setor Estiva.
Segundo a polícia, não havia registro policial de desaparecimento, mas a família relatou que a jovem havia saído de casa no último sábado, 31, e não mais retornado.
Em sua página no Facebook, o professor indígena Joel Ribeiro de Freitas fez a seguinte postagem:
A Articulação dos Povos Indígena da Região Sul e do Brasil também se manifestou sobre a morte de Daiane Sales:
EXIGIMOS JUSTIÇA! Na última quarta-feira (04), um crime bárbaro foi cometido no Setor Estiva, na Terra Indígena do Guarita, em Redentora, no Rio Grande do Sul, contra uma jovem parenta de 14 anos. Daiane Griá Sales, do povo Kaingang, foi encontrada morta em uma plantação nos arredores da comunidade, suas partes íntimas estavam dilaceradas.A Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em conjunto com todas as organizações regionais de base, repudiam toda e qualquer violência contra mulheres indígenas e exige que a justiça seja feita a quem cometeu tal atrocidade. Somos Daiane Griá Kaingang: https://bit.ly/JusticaDaiane
O Instituto Geral de Perícias — IGP esteve no local e coletou materiais para identificar quais os crimes ocorreram com a vítima e a levaram a óbito. Até o momento ninguém foi preso.