A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre furto a uma agência do Banco do Brasil, no dia 15 de maio, em Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul. Foram indiciados oito criminosos suspeitos de terem levado do local mais de R$ 1,6 milhão.
A quadrilha foi alvo de operação policial na Região Metropolitana nove dias depois do ataque, e um integrante foi preso porque foram encontrados na casa dele, durante as buscas, R$ 60 mil em dinheiro.
De acordo com a investigação do titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Invetigações Criminais (Deic), delegado João Paulo de Abreu, alguns dos suspeitos também são investigados por terem furtado a mesma agência em 2017 e por outros quatro ataques a bancos no Estado em 2023. Em um deles, dia 8 de janeiro, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, eles construíram um túnel de papel para não serem flagrados pelas câmeras de segurança.
Abreu diz que, em relação ao Banco do Brasil de Três Passos, os suspeitos passaram um fim de semana inteiro no local depois de alugarem um imóvel ao lado da agência. Eles abriram uma passagem para realizar o furto. O crime só foi descoberto numa segunda-feira, quando os bancários voltaram ao trabalho.
Aos poucos, com o trabalho pericial, um a um dos suspeitos foi sendo identificado. O primeiro é da própria cidade, foi preso logo na sequência por dar apoio logístico à quadrilha da Região Metropolitana. Depois, os outros sete também foram descobertos pela polícia, sendo um segundo detido no dia 24 de maio, em Alvorada, durante a operação policial, com R$ 60 mil em casa.
Os oito criminosos identificados foram indiciados por furto qualificado, associação criminosa, falsidade ideológica e falso testemunho.
Demais furtos neste ano
Um dos crimes atribuídos ao grupo ocorreu no dia 9 de janeiro, no Banco do Brasil da Avenida Padre Chagas, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Na ocasião, os bandidos fizeram um túnel de papel para não serem flagrados pelas câmeras e furtaram cerca de R$ 500 mil.
Alguns dos suspeitos foram presos durante a investigação e houve uma operação do próprio Deic, ocorrida em março, em relação a este fato. Na sequência, houve outro furto a uma agência do Banco do Brasil em Pelotas, no sul do Estado. Neste caso, quatro suspeitos foram detidos pela Brigada Militar.
Abreu ressalta que, no mês de abril, houve um novo ataque, mas o furto não foi consumado. A mesma quadrilha tentou arrombar uma agência do banco Itaú na Avenida Benjamin Constant, na zona norte da Capital. Dez dias depois, o grupo furtou o Banrisul de Charqueadas.
Além destes cinco fatos já confirmados, está sendo apurado se os criminosos também estiveram envolvidos em outros furtos: em Caçapava do Sul, em janeiro, e em Palmeira das Missões, em fevereiro.
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